A maioria de nós gosta muito do resultado final. É mais interessante olhar para um cenário definitivo onde uma equipa ganha, e a outra perde (se formos nós os vencedores, melhor ainda!). Todos gostamos daqueles que aparecem e dão nas vistas nos episódios de sucesso das suas equipas. É habitual admirarmos mais aqueles que marcam golos, ou aqueles que marcam mais pontos, vendem mais, etc.. No final comentamos: “ele marcou dois golos… ele marcou mais de trinta pontos,.., Ele facturou 2 milhões. Foi muito bom!” Mas, para eles o terem feito, alguém teve de colocar lá a bola. Alguém teve de a recuperar na defesa. Alguém teve de atrapalhar, ou provocar problemas, ao ataque do adversário. Ele marcou, mas, alguém fez com que isso fosse possível. Será que perguntamos, tantas vezes quanto as necessárias, quem foram essas pessoas? Será que as reconhecemos o suficiente?
Um dos sinais importantes a dar para que todos sintam que uma equipa está unida é agradecer ao colega sempre que ele faz um bom trabalho de colaboração – passa bem uma bola. Segundo Dean Smith, famoso treinador de basquetebol nos EUA, esta ideia deveria ser visível a todos os que apoiavam a equipa, e à própria imprensa, ao ponto deste agradecimento se transformar num gesto público de apreciação. Era uma regra, tal como outra qualquer. Começou por ser praticada nos primeiros anos dentro das sessões de treino, até ao momento que deixou de ser necessário porque já fazia parte da filosofia de jogo da equipa de Carolina do Norte. Este treinador ia ao ponto de dizer: “mesmo quando falhamos uma bola fácil debaixo do cesto deveremos dizer obrigado, ou pedir desculpa ao colega que passou a bola. Ele cumpriu o seu trabalho, nós é que não…”
|